O empresário médio brasileiro, em geral, nunca costumou dar atenção para a liquidez do seu negócio. Infelizmente, apenas nos momentos de crise, quando se torna necessário vender ativos por preços subavaliados ou buscar recursos de curto prazo com altas taxas, é que o gestor costuma aprender que é ESSENCIAL ter disponibilidade financeira para emergências.

Sendo assim, a gestão de fluxo de caixa se torna fator determinante para manter o equilíbrio financeiro, sobreviver no curto prazo e se recuperar em meio à eventuais crises. Nesses casos, a velha fórmula do feijão com arroz é o que costuma funcionar: começar pela gestão de custos, reduzindo despesas não essenciais ao funcionamento do negócio e renegociando prazos para pagamentos perante fornecedores, lembrando que o capital de giro mais barato que existe é o obtido através de prazos de pagamento das compras realizadas. Se a empresa trabalhar com compra e venda de mercadorias, melhorar o controle de estoque, de modo a trabalhar com o mínimo necessário para garantir o perfeito funcionamento das operações.

Tão importante quanto a atenção aos custos é a gestão de receitas. De onde vêm as suas vendas? Quem são os seus clientes? Qual a composição do seu faturamento? A empresa concentra grande parte de suas receitas em poucos clientes? Essas perguntas devem ser feitas rotineiramente.

Outro cuidado a ser tomado é não cair na armadilha de possuir poucos clientes com grande representatividade sobre o seu faturamento. A adoção de medidas de avaliação de crédito, para reduzir a inadimplência, e o gerenciamento dos prazos concedidos aos clientes, complementam o controle do fluxo de caixa do negócio.

Por fim, de nada adianta implementar as ações de controle se o gestor optar por distribuir todos os lucros obtidos ou os utilizar para constantes investimentos em capex. O objetivo de todas as providências descritas é ter recursos financeiros disponíveis para eventuais emergências.