Crises sistêmicas, como a atual gerada pela pandemia do novo coronavírus, são eventos de excepcional ocorrência e, por isso, geralmente pegam as empresas desprevenidas. São raros os casos que os gestores têm planejamento para reservas de capital de giro emergencial, com o objetivo de sobreviver a possíveis períodos de vacas magras ou grandes problemas econômicos.

Pensando nisso, nossa eterna sugestão recorrente, tardia mas não sem aplicabilidade prática, é de que o empresário SEMPRE tenha recursos em caixa ou aplicações que gerem liquidez de maneira rápida, suficientes para cobrir os custos de operação da empresa, como folha de pagamento, aluguel, impostos, etc.

Não sabemos por quanto tempo a atual crise irá perdurar e, muito menos, há algum tipo de valor mínimo a ser predeterminado referente à despesas, para definir o período o qual tais recursos emergenciais devam suprir.

Embora cada empresa ou negócio possua um segmento de atuação, características de equipe, gestão, produto, políticas e serviços, acreditamos que uma empresa deva ter, a grosso modo, recursos em caixa para suprir as despesas fixas de pelo menos 60 dias. Isso vai fazer com que você consiga ter tempo para elaborar estratégicas de contingência e recuperação de médio prazo.

Entendemos que a realidade brasileira passa longe disso muito mais em virtude da cultura de gestão local do que por problemas financeiros propriamente ditos.